sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Momentum



"If you have a dream, don’t just sit there. Gather courage to believe that you can succeed and leave no stone unturned to make it a reality.”
Dr Roopleen
E hoje é isto.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Divagacões

  Sento-me na cadeira e a minha mente divaga. Penso que seria suposto estar a celebrar a Vida, o Amor (em todas as suas formas) e até as pessoas que me rodeiam e que, de alguma forma, se tornaram não só parte de mim como um suporte para eu continuar; para continuar, pelo menos, a sobreviver ao que vem nas rajadas de tormenta que parecem ser mais costumes do que o previsto.
  Contudo, a verdade, é que a minha mente divaga mais facilmente para locais sem luz. Divaga entre sensações tão díspares que não têm cabimento algum (obrigada hormonas, vocês são brutais!!!), lados sombrios que, assim que me apanham distraída, ganharam mais força que alguma vez admitirei de boa vontade e que são capazes de magoar de modo irreparável de quem se gosta. E divaga contigo. Contigo que transbordas vida e que amo de forma inexplicável. Tal como devia ser. Qualquer que seja o tipo de amor não tem de ter explicação. Pode gerar algumas fagulhas de entendimento, mas amor que é Amor não é racional. Mesmo que comece nesse género, é suposto ele perder sentido em mil e uma situações. E é desses o que eu sinto por ti. Que me faz ter orgulho desmedido por quem te tornaste, que me faz sorrir feliz pelas tuas conquistas, que me faz amar-te a cada dia que passa, sem explicações ou motivos.
  No entanto, há uma parte de mim muito racional. Sim, eu sei que ela abusa da sorte e, dia sim, dia sim, da paciência. Mas também é ela que te vê a afastar. Que te vê a quereres partilhar a vida com outros e a deixar-me para trás. Que te fala com o coração e nem assim recebe resposta. E é esse racional que chama todos os fantasmas, que faz com que pense que se calhar a culpa é minha, que se calhar eu sou maioritariamente sombra, apesar de me iludir em certos dias a pensar-me um bocadinho luz. São esses fantasmas que me alimentam as dúvidas, que me fazem reviver cada um dos meus arrependimentos, que me fazem relembrar todos os medos que vivem dentro de mim e que em certos dias parecem ter dia de folga.

  É quase como se eu me precisasse de agarrar e não consigo encontrar onde. Em tempos foste tu. Agora estou demasiado longe.

  Mas sabes que mais?
 Mesmo sem me saber realmente sombra ou luz, mesmo conhecendo o monstro que vive dentro de mim e que me magoa mais do que magoa a outros, mesmo revivendo cada um dos momentos menos bons, eu vou encontrar um novo sítio onde me agarrar. E continuar aqui.

  Vou arranjar modo de celebrar o que devo celebrar. Vou arranjar uma maneira de recomeçar (outra vez) mesmo que com certezas de limitações. Vou tentar ser mais o eu luz. Vou viver. Vou a cada dia tentar ser melhor, trazendo-te a cada dia dentro de mim. Sem racionalidades. Apenas munida com amor.




quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Novo ano

Acho que nunca desejei que um novo ano chegasse tanto. É tontice, eu sei. Lá por o novo ano vir, não quer dizer que tudo o resto fique para trás, que desapareçam os problemas, que magicamente tudo fique bem. Mas desejo que este ano acabe. Espero que o novo seja um pouco mais simpático...

Vem...
Rápido...
Por favor?


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Simplesmente fantástico...


"Believe me, if I were a young woman now, I'd spend more time being not doing"

  Parece que a sociedade hoje em dia nos exige cada vez mais perfeição. Nós próprios nos habituámos a exigir-nos a nós mais perfeição, se calhar por querer encaixar, se calhar por querer corresponder a expectativas que sentimos que estão sobre nós. E esquecemo-nos do que é importante. Este vídeo, numa perspectiva muito pessoal, é uma delícia. Contém toda a mensagem que eu poderia escrever. E embora seja feito de encontro às jovens do sexo feminino, acho que se aplica a ambos os sexos. Porque cada vez nos preocupamos mais com o ser perfeito, quando devíamos preocupar mais em viver e ser.

sábado, 21 de novembro de 2015

Deixar ir

  Todos temos um alguém. Um alguém que a certo momento passou pela nossa vida, e que por vontade nossa ou deles, esburacou as nossas barreiras até arranjar um lugar especial no nosso coração. Um alguém que nos surpreendeu a certo momento pela sua importância no nosso bem estar. Um alguém com quem sentimos que somos aceites como nós somos. 
  E não tem de ser um alguém que seja nosso namorado ou até companheiro sexual. Esse alguém muitas vezes partilha connosco um amor amizade, mas do tipo que julgamos permanecer sempre.
  
  O pior é quando o sempre se desmorona. O pior é quando finalmente conseguimos ver de fora e verificamos que esse alguém nos magoou uma, outra e outra vez e mesmo assim nós continuamos presentes, mesmo quando já não devíamos. O pior é sentir que esse alguém já não faz parte da nossa vida. O pior é saber que nós também não somos importantes na vida deles. O pior é deixarmos parte de nós ir e conseguir viver com isso.
  É nesse momento que revivemos todos os momentos bons, que pesamos todas as suas qualidades, que pensamos em todo o bem que esse alguém nos fez, que reflectimos o que mudamos por causa desse alguém. E deixá-los ir... O que significará? Conseguiremos novamente sorrir como fizemos com essas pessoas? Conseguiremo-nos abrir a alguém novamente sem reservas? Conseguiremos pensar neles sem tristeza? Conseguiremos ser nós, sem esse alguém a caminhar a nosso lado?

  É tão difícil sentir que temos um alguém que amamos mais que tudo e deixá-lo ir, soltá-lo da nossa vida e desejar apenas que seja feliz, mesmo que nunca mais ouçamos falar neles. Porque amar também deveria ser deixar partir e aceitar a sua partida sem nos irmos abaixo. Porque amar deveria ser sempre desejar o melhor para a outra pessoa e ficar bem mesmo assim. Porque amar não devia doer tanto. Porque amar não devia passar pelo racional e pelas noites infinitas não dormidas, a pensar nesse alguém.

  Mas às vezes temos de deixar esses alguém ir. 
  Escolher viver mesmo sem a sua presença.
  E desejar que possam ter toda a sorte do mundo. 
  Porque é por causa deles que também nos tornámos o que somos agora.

Deixar que o passado seja passado e o presente possa usufruir de tudo o que nos ensinaram.
Por mais difícil que seja...


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O que aprendemos com anúncios televisivos

  É muito raro ver televisão e parece que cada vez mais. Mas de vez em quando, de manhã bem cedo, cá em casa liga-se a dita cuja para ver anúncios e como já se sabe que cedo só se levantam os trabalhadores e as pessoas de alguma idade, eis que somos bombardeados com anúncios para estas faixas etárias. Desde cogumelos que influenciam a memória de uma maneira (supostamente) fantástica, a suplementos que todos (supostamente) precisamos a partir dos 25, não vão as artrites gostar mais de nós do que se devia, até objectos cuja tecnologia foi roubada (ou se calhar foi pedida emprestadada) às forças armadas para podermos andar na estrada, há quase de tudo.

  Mas eis que surge um novo bebé nestas andanças da publicidade... 

  Toda a gente sabe que a postura é problema de mais de metade da população (dados não confirmados por preguiça de ir à procura de um artigo que diga o mesmo nem com vontade de fazer um artigo novo caso não fosse bem sucedida na minha pesquisa) e que traz valentes problemas e dores de costa. Passar menos tempo sentado é pouco provável e fazer exercício, para alguns, ainda é mais impraticável. 
  E surge então a almofada miraculosa: uma almofada de gel, quadrada (literalmente quadrada) que basta pôr na cadeira e sentar-se em cima porque as mil e uma características xpto vão logo endireitar a sua postura e, por consequência, imagino eu, diminuir as dores. 
Mas o brutal, brutal, é que esta almofada pode ser levada até a jogos de futebol, posta na bancada e assim que se senta, fica-se a ver o jogo numa posição muito mais correcta (atenção, esta maravilhosa almofada é mesmo só para a parte de baixo... não tem qualquer apoio de costas nem nada que possam imaginar ter). 

  Não querem um exemplar destes? Ainda por cima tem um desconto de mais de 80%...


  No fim disto tudo, sou eu que aprendo que afinal almofadas dão para corrigir automaticamente posturas. O que é brutal, diga-se de passagem.
  A pergunta que se mantém é: porque é que os médicos ainda não aplicam isto? Será que ainda não viram o dito cujo reclame?


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Novos caminhos

Não sei quando isto começou. Quando os velhos hábitos deixaram de ter sentido, quando parecia que nada me completava, quando esconder atrás da capa de criança já não mascarava nada. Mas lentamente foi crescendo, foi ganhando corpo até eu me aperceber. Ainda tenho dúvidas, ainda não sei bem todo o seu significado, mas percebo que finalmente estou a mudar. Nem que seja à escala microscópica. Mas os meus desejos já não são mais os da criança que não queria assumir responsabilidades nem queria ficar igual a todos os outros.

É certo que ainda luto um bocado contra a ideia de ficar igual a todos os outros; posso apenas fingir nos momentos cruciais que sou um bocadinho mais igual? Sim, eu posso ser banal, mas de certa forma, serei sempre eu, com o meu lado infantil, com o meu lado sonhador, na sombra observando e lutando pela minha felicidade e dos meus amigos.
Não, eu não vou lutar mais contra esses desejos. Desejos de independência, de alguma responsabilidade, de sentido. De ser mais crescida. Sabem que mais? Pode ser que eu venha a adorar quem eu virei a ser. Os meus valores, a minha forma de ser, aquelas características tão intrínsecas que só com um desastre natural desaparecem vão continuar dentro de mim e ser toda a base. Tudo o resto, com a nova forma de pensar, com os novos objectivos vai crescer em torno disso. E pode tornar-se belo.

Talvez arranje companhia. Talvez não. Mas os poucos essenciais, eu espero continuarem sempre lá. E talvez um dia me cruze contigo e isto dê uma volta de 180º. Até lá... Até lá vou lutando para (re)aprender a ser o mais feliz possível. 

Dizem que o mais importante é o caminho; ora que venha lá ele. Estou preparada para o trilhar, com montanhas, rios, silvas e tudo o que vier à frente.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Amigos que ficam...

Navego nas minhas memórias e são imensas as vezes que sei que hesitei ou fiquei a remoer. Se calhar não devia ter sido assim, se calhar devia ter feito y em vez de x. Até nessas alturas eu ouvia uma e outra vez as palavras que me dirigiam, que me diziam como devia ser, como devia agir, qual a imagem que devia dar. Muitas das vezes essas palavras são ditas por pessoas de bem, e vem cheias de amor, embora nos cheguem numa forma bastante distorcida; no entanto, são palavras de quem experienciou a vida em sociedade e sabe quão difícil ela se pode tornar. Palavras de quem nos quer facilitar a vida.

Neste exercício de voltar atrás descubro que sempre que fui eu, com falhas, imperfeita, sem me preocupar tanto com o que devia ser, foi quando conquistei mais pessoas. Pessoas, que apesar das probabilidades mínimas de ficarem, acabam por ser presença na minha vida. Pessoas sem as quais já nada disto faz sentido: elas são parte de quem eu sou.

E lentamente, sempre que não tento conquistar ninguém, sempre que me marimbo para o perfeito, sempre que mostro a menina mimada, cheia de defeitos, com pouca confiança e dose q.b. de teimosia, é quando parece que ficam.

Eles não conhecem só o meu lado escuro; com ele normalmente vem também o lado luz, o lado brincalhão, que cuida, que ama, que viaja até ao fim do mundo se for preciso. No entanto o lado luz não é tudo e o facto de me conhecerem mais completa e irem, aos poucos, descobrindo a minha essência, faz com que fiquem...

E sinceramente,
Ainda bem!


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A caminho

Culpamos facilmente outros, a sociedade, qualquer coisa para fugir a assumir responsabilidade. Mas nem isso cala muitas vezes a nossa mente que nos diz de quem é a verdadeira culpa: nossa. Tantas vezes somos os nossos piores inimigos.

Temos todos uma imagem idílica de quem devíamos ser na nossa mente, todos acabamos por absorver um bocadinho quem nos dizem que devemos ser (nem que seja para contrariar) e no fim damos por nós a esquecer-nos e a desvalorizar quem realmente somos.
Sem filtros, sem muros, sem nada. O nosso verdadeiro eu.
Claro que há sempre um momento ou vários na nossa vida, de maior ou menor duração, que parecemos não ter certezas de nada. Principalmente quando o Universo parece estar contra nós e, lentamente, vamos reforçando a ideia que não somos nada.


Eu estou à deriva há algum tempo; ainda não afundei mas só agora começo a aperceber-me do que me rodeia. Em parte do que sou e do que que quero ser. Se tenho certezas? Não, nenhuma. Mas se desejamos mudança, temos de ser fortes o suficiente para a conseguirmos implementar. E não desistir a meio do caminho por mais difícil que ele seja.

Agora, minha luz presença, vou tentar ser fiel a mim. Vou tentar a mudança. Vou tentar agarrar novamente aquela perseverança que parece ter ficado escondida no caminho mas que eu desconfio que nunca me deixou. Vou tentar ser luz novamente e quem sabe, um dia, possamos voltar a ter orgulho naquilo que sou. 

O caminho vai ser duro, mas contigo, o impossível parece muito mais fácil.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Então o que está mal?

Passei vários dias, semanas e até meses a ler artigos aqui, artigos ali, o que era ou não era, o que gostavam em geral e o que não gostavam de todo. E comecei-o a construir num dia em que estava seriamente aborrecida (vá, ser sincera tem das suas vantagens). Já tinha feito outros modelos visuais, só porque sim e decidi fazer aquele modelo.

Já tinha, inclusivé tido formação, daquelas que todos adoramos ter do IEFP, sobre currículos e técnicas de procura de emprego. Hoje, com o currículo, quem o vê (psicólogas, gente de gabinetes de inserção profissional, amigos, não tão amigos...) diz que está fantástico; está bonito, resumido e tem tudo o que se pretende. Eu cá, modéstia à parte, também acho que está bem giro e está resumido (o que não dá trabalho a ler) e mostra um bocadinho de quem eu sou. E o quê? Não me leva a lado nenhum e não. É por ser tão diferente? Ou será por eu viver neste país? Há coisas que eu não entendo. A sério que não.

Como não entendo, o melhor mesmo é continuar a mandar, esperando que um dia alguém de dentro da empresa goste tanto dele como as pessoas cá de fora...