sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Novos caminhos

Não sei quando isto começou. Quando os velhos hábitos deixaram de ter sentido, quando parecia que nada me completava, quando esconder atrás da capa de criança já não mascarava nada. Mas lentamente foi crescendo, foi ganhando corpo até eu me aperceber. Ainda tenho dúvidas, ainda não sei bem todo o seu significado, mas percebo que finalmente estou a mudar. Nem que seja à escala microscópica. Mas os meus desejos já não são mais os da criança que não queria assumir responsabilidades nem queria ficar igual a todos os outros.

É certo que ainda luto um bocado contra a ideia de ficar igual a todos os outros; posso apenas fingir nos momentos cruciais que sou um bocadinho mais igual? Sim, eu posso ser banal, mas de certa forma, serei sempre eu, com o meu lado infantil, com o meu lado sonhador, na sombra observando e lutando pela minha felicidade e dos meus amigos.
Não, eu não vou lutar mais contra esses desejos. Desejos de independência, de alguma responsabilidade, de sentido. De ser mais crescida. Sabem que mais? Pode ser que eu venha a adorar quem eu virei a ser. Os meus valores, a minha forma de ser, aquelas características tão intrínsecas que só com um desastre natural desaparecem vão continuar dentro de mim e ser toda a base. Tudo o resto, com a nova forma de pensar, com os novos objectivos vai crescer em torno disso. E pode tornar-se belo.

Talvez arranje companhia. Talvez não. Mas os poucos essenciais, eu espero continuarem sempre lá. E talvez um dia me cruze contigo e isto dê uma volta de 180º. Até lá... Até lá vou lutando para (re)aprender a ser o mais feliz possível. 

Dizem que o mais importante é o caminho; ora que venha lá ele. Estou preparada para o trilhar, com montanhas, rios, silvas e tudo o que vier à frente.

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